vezenquando

Wednesday, March 28, 2007

High fidelity

Let's get it on

Adoro o filme, sou perdidamente apaixonada pelo John Cusack, decorei a trilha, tenho um all time top five breakups, tenho um all time top five prá tudo, quero uma franja curta de menina não-confiável, um cd gravado e alguém que me diga que cansou de procurar. He.

Copiei do Volumetria ali do lado, mas não sei colocar aqueles links bonitinhos de video.

Monday, March 19, 2007

New beginning again, a little bit closer to the end

Senti no ar, se isso fosse possível. Parece que alguma coisa vai acontecer. Os dias passam tão comuns que é como se eu pudesse ver: uma novidade, uma mudança.
A insônia voltou há algum tempo, prenúncio. Ela sempre avisa quando alguma coisa está para mudar. Isso se a falta de sono quisesse dizer alguma coisa.
E esses dias até têm algumas alegrias, o suficiente para eu acreditar que não estou passando pelo ciclo seco - aquele das noites com sono pesado em que nada tem graça, nada se salva, nada se quer. As coisas até têm graça, não muita, mas é uma graça especial, como se eu estivesse abandonando alguma coisa pouco a pouco. Uma graça diferente, se ela existisse.
Agora sonho sonhos bons, ruins e premonitórios. Simplesmente voltaram, como se significassem que.
Achei "meu" dia e "meu" bar na cidade: Quinta-feira, Ibotirama, depois Milo. Parece um sinal, se é que eles existem. A última vez que achei um dia para mim e chamei um bar de "meu" deixei a cidade meses depois da descoberta e a alegria durou pouco. Era quarta, Durva, depois James. Mas, sinceramente, não tenho problema algum com alegrias que duram pouco. Então, venham alegrias efêmeras.
Encontrei meus amigos nesse lugar em que vivo. Poucos, mas bons. E, sem querer, revi alguns que estavam distantes. Como uma despedida, se não fosse um reencontro.
Perdi algumas coisas, ganhei outras, vida vida, noves fora, zero.

De repente, está tudo tão normal que eu quero que mude. E aí invento coisas. Só para ficar terrivelmente bom. Ou ruim. Só prá mudar um pouco. This is a start that I know I'll believe in,
so I'm leavin' everything behind...

Sunday, March 04, 2007

Historinhas - cap. 2

Porque tinha que ser ele, porque tinha que ser eu. Porque tinha que ser alguém com sorriso gostoso, cara de menino e quadros na sala. Porque tinha que ter caminhada à noite, um ou dois jantares, segredos, ah, mas você também tem amigos em Curitiba? Porque tinha que assistir ao cinema no domingo, porque tinha que ter alguma dificuldade, mas também nem tanta. Porque tinha que encontrar na cozinha um pouco de sálvia e alecrim, na mesa Blur e Blues Explosion, nas paredes o suficiente para eu não querer ver, no olhar algo que me foge. Porque tinha que ser assim e eu não sei se assim não está certo. Porque tinha que ser eu, porque tinha que ter dúvida e algumas lágrimas. Porque tinha que existir viagens longas, encontros às quartas, confissões que escapam. Porque tinha que fazer algumas reclamações, andar de mãos dadas e pular pelas indecisões. Porque tinha que ter fundo musical, uns temores, um telefone mudo. Porque tinha que beber vinho e algumas mentiras. Porque tinha que existir noites intermináveis, saudades ao vê-lo virar as costas, sensações de nunca mais. Porque tinha que ter ausência. E porque tinha que visitar lugares e estrelas que não conhecia. Porque tinha que ter sorvete de morango e doce de leite, histórias e mais histórias, porque tinha que ter calma ao encontrá-lo e ansiedade um pouco antes. Porque tinha que ter fins de semana quase perfeitos, um pouco de espanhol, en espera de que vuelvas, palavras em francês, je pense a toi, uns suspiros, um Almodóvar e um Wong-Kar-Wai. Porque tinha que sentir a magia de cantarolar mesma música que tocava silenciosa na minha cabeça, you can get it if you really want. Porque tinha que escorregar em algumas epifanias de cego mascando chicletes ou pegando metrô. Porque tinha que ser ele e porque tinha que ser eu. Porque tinha que ter mais leveza que profundidade. Porque tinha que ter madrugadas longas, sol entrando pela janela de manhã. Porque tinha que me fazer acreditar. Porque tinha que rejeitar o final feliz. Porque tinha que ser ele. Porque tinha que ser eu.