vezenquando

Monday, April 30, 2007

Historinhas - Cap. 3

Ou "Trilha sonora para romances de três meses"

Fallen for you, did you ever see me watching from periphery? I was playing another game, hoped you catch on all the same, mas não. Mais um pulo de cabeça no escuro, salto em altura sem rede de proteção. Cada um com seu jogo, você de esconde, eu de mostra. Eu casa aberta, logo ali ao seu lado, sorrindo flores e palavras de galanteria. E tudo para dar certo, parecia o platônico que se tornou real, alguém que saiu do filme com o rock’n’roll, os discos, a banda pronta e as mãos finas. Fallen from view, did you ever touch me floating through your poutpourri? I thought I felt your fingers once, after waiting all these months e aí eu pensava se alguma vez a gente chegou a se tocar de verdade, se encontrar no meio das músicas, da linguagem que era só nossa, das risadas que você dava das coisas que eu falava assim sem pensar, daquela risada que você dá vezenquando com os olhos fechados, do seu jeito bonito de segurar o cigarro e dançar bem devagarinho, me abraçando, mexendo no meu cabelo. E um dia eu até achei que ia funcionar, o lugar escuro, a bebida que eu roubei da sua mão, a música alta, lembrava tanto uma que eu ouvi três meses inteiros, com o coração doendo durante a guitarra, esperando when the circle finally formed you called me up the only onde making a sound... But I was wrong so wrong, that was just another song you wrote for another girl, and I hoped the day could be when you’d write a song for me but it never came. E aí claro que não aconteceu, sempre tem alguma coisa no meio do caminho, quando as coisas não chegam a ser. Quando eu sei que vou ser um bilhete esquecido na bolsa, entregue com os olhos pedindo por favor. Sempre tem um Ela que chegou e não saiu ou que vai chegar durante uma viagem ou que... sempre tem uma janela no apartamento lá em cima para receber as lágrimas, uma ladeira que se sobe à noite com os olhos turvos, umas lembranças buscando o sinal da tragédia. E, que pena, não gravei cds, não mandei entregar encomendas na portaria do prédio, não escrevi cartas com caneta colorida, não entreguei fotos wish you were here, não liguei de Curitiba, não fiz o bolo de ameixas da Amélie, nem te falei que eu pareço tanto com ela, os vários jogos que faço querendo dizer que te amo, não entreguei o filme que eu tinha comprado só porque podia parecer tanto com a gente, eu também faço listas, mudei o jeito de me vestir e perdoei tantas coisas. I thank you all the same, but I’ll go now, so you won’t know how much I’ve fallen for you, boy who’s trying to be a man, boy you don’t know if you can, I tought I knew you well enough but your walls are still too tough. De novo, and it goes all over again, eu vou embora, não consegui chegar lá naquele fundo onde você guarda seus sentimentos. Aquele lugar onde dá saudade, aquele ponto em que a vontade de ligar supera o fim de semana em que você nunca existe, estava pensando em você e o telefone tocou. Você não conseguiu achar bonito meu jeito de prender o cabelo e de falar as coisas com tantas vírgulas e voltas. But I’ll go now, so you won’t know how much I thought about you all the time, walking round the Guggenheim, like a rhyme in my mind, there you are, in my car, but we don’t drive very far to the beach, out of reach…Vou embora, para você não saber que, na maioria das vezes eu quase não lembro de você quando desço a Augusta e acabo vendo um filme no domingo à tarde, ou experimento gim durante uma matéria, quando discuto Fante e depois caminho pela Paulista com os fones no ouvido escutando Marvin Gaye ou quando faz um friozinho bom e eu ponho um casaco a mais ...Next to me my fantasy.

Saturday, April 21, 2007

Uma volta pelo mundo virtual

Vida social de jornalista é o msn. Comigo, é o orkut, e-mail, msn e o telefone (menos). Funciono muito bem por todos eles. Mas agora comecei a perceber que as pessoas estão virando umas "coisas". Assim... imateriais.

Tem umas que são a foto do orkut: aparecem de vez em quando e esqueci a cara do sujeito por trás do desenho. Ou da foto. Não sei como é que aquela imagem sentada no sofá se move, ri, olha.

Tem também as que viraram uma voz no telefone. Conheço a voz, mas às vezes não sei bem o que responder... não consigo juntar os pedaços do rosto à voz. Não sei prever a reação às minhas ironias.

E existem ainda os nome no e-mail xx@xxx. Eu sei que existem porque às vezes mandam spams bobos e nem lembro onde as conheci. Outras, eu conheci bem, e o nome todo, com sobrenome, antes da @, me dá uma alegria mansa. Mas, do sorriso, do jeito, não me recordo. Virou um substantivo próprio que me traz lembranças boas.

Já as fotos do msn que não encontro na vida real às vezes me assustam quando viram uma barra laranja piscante. Quase sempre estão online, e aí eu sei que existem, mas a pessoa atrás do "fulano diz:" me foge em poucas frases soltas. Sei que há os que demoram para responder, os que não dizem tchau, os que nunca falam comigo, os que não conseguem escrever meia frase sem apertar o enter e outras que mandam longos textos e não esperam respostas. E só.

Tem também os que viraram fotos. Mas essas, pelo menos, eu saberia que seria assim. Porque as fotos estão lá no álbum, para guardar.

E o melhor é que, vez ou outra, é possível simplesmente apagar um scrap do orkut, um e-mail na caixa de entrada, bloquear e excluir alguém do msn ou apagar o número da agenda do celular. A pessoa some. Tipo brilho eterno de uma mente sem lembranças que, aliás, eu adoro.

Sunday, April 15, 2007

Intervalo

(E já já voltamos a nossa programação normal)

Adorei Maria Antonieta. Demorei prá ver, e o filme também é meio lento, bem Sofia Coppola (paisagens demais e demora prá começar o rock’n’roll), mas a cena em que a dona Maria sente falta do amante é simplesmente genial. Alguém me lembre que, da próxima vez em que me acontecerem essas dores de pobre menina rica, eu devo lançar um olhar lânguido, deitar sobre a minha cama macia e:

I wanna be forgotten,
and I don't wanna be reminded.
You say "please, don't make this harder."
No, I won't yet.

I wanna be beside her,
She wanna be admired.
You say "please, don't make this harder."
No, I won't yet.

Oh dear, is it really all true?
Did they offend us and they want it to sound new?
Top ten ideas for countdown shows...
Whose culture is this and does anybody know?
I wait and tell myself "life ain't chess,"
But no one comes in and yes, you're alone...

You don't miss me, I know.

Oh Tennessee, what did you write?
I come together in the middle of the night
Oh that's an ending that I can't write, 'cause
I've got you to let me down

I wanna be forgotten,
and I don't wanna be reminded.
You say "please, don't make this harder."
No, I won't yet.

I wanna be beside her,
She wanna be admired.
You say "please, don't make this harder."
No, I won't yet...

Wednesday, April 11, 2007

O Rio de Janeiro continua lindo...

E falando em top five:

Melhores momentos do feriadão na Cidade Maravilhosa
1. A lua do Forte de Copacabana
2. Os 950.264.534 amigos novos
3. O milho do Arpoador
4. Os doces do Talho Capixaba
5. Os blocos em Santa Teresa e a jantinha animada

- Menção Honrosa para o Cícero, do Nova Capela, e sua musiquinha sobre o telefone

Situações Hein? da Cidade Maravilhosa
1. O Antonio's
2. A mesa para duas no café da Farme de Amoedo
3. A sala do Scooby Doo no forte de Copacabana
4. A Elke Maravilha na Lapa
5. O caldo em Ipanema...

Iéix!