Historinhas - cap. 1
Just a perfect day
drink sangria in the park
And then later when it gets dark
we go home
Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later a movie too
and then home
Oh, well, such a perfect day. Inesquecível, como costumar ser esses dias. Como aquele em que você contou de uma flor roubada entregue para a amiga de infância. Ou como a tarde em que ouvi maravilhada um samba do Cartola saindo de uma fita sua no meio de um trote da faculdade. Aí você falou de Kafka e algum jogo com copos de cerveja. E depois pediu desculpa por um beijo. Ou como a noite em Antonina quando me senti petrificada e contente de te ver tão feliz. Ou então o dia claro em que você saiu para buscar o que queria muito, muito longe, mas, antes, passou por mim, viu um filme sonolento, tomou mate na Augusta, dormiu na sala dos ventos uivantes e disse adeus com os olhos, depois da catraca do metrô. De outra vez, cozinhou demais o melhor macarrão com molho de tomate da minha vida. O tempo passou e você me ajudou, no meio da sua dor e dúvida, a ver que algumas pessoas simplesmente não valem à pena.
Aí, quando penso que tudo acabou, você oferece espumante doce e comida comprada enquanto desaba uma tempestade de raios. Mostra sua casa, suas fotos, suas músicas, seu sorriso limpo. E nesse momento, como nos outros, não sei o que fazer: menina que não consegue calcular a hora certa de ir embora. Medo do depois, quando fico assim, escutando esse acordeón e procurando o ponto final da história. Mas, antes que eu fique indecisa, você abre a janela bem rápido para que possamos rir em paz. You know, such a perfect day, I’m glad I spent it with you.
Em sua homenagem, tomei um chopp escuro no parque, li o livro emprestado, escutei o cd e engoli esas ausencias que llamamos recuerdos, y hay que remendar com palavras y con imágenes tanto hueco insaciable.
drink sangria in the park
And then later when it gets dark
we go home
Just a perfect day
feed animals in the zoo
Then later a movie too
and then home
Oh, well, such a perfect day. Inesquecível, como costumar ser esses dias. Como aquele em que você contou de uma flor roubada entregue para a amiga de infância. Ou como a tarde em que ouvi maravilhada um samba do Cartola saindo de uma fita sua no meio de um trote da faculdade. Aí você falou de Kafka e algum jogo com copos de cerveja. E depois pediu desculpa por um beijo. Ou como a noite em Antonina quando me senti petrificada e contente de te ver tão feliz. Ou então o dia claro em que você saiu para buscar o que queria muito, muito longe, mas, antes, passou por mim, viu um filme sonolento, tomou mate na Augusta, dormiu na sala dos ventos uivantes e disse adeus com os olhos, depois da catraca do metrô. De outra vez, cozinhou demais o melhor macarrão com molho de tomate da minha vida. O tempo passou e você me ajudou, no meio da sua dor e dúvida, a ver que algumas pessoas simplesmente não valem à pena.
Aí, quando penso que tudo acabou, você oferece espumante doce e comida comprada enquanto desaba uma tempestade de raios. Mostra sua casa, suas fotos, suas músicas, seu sorriso limpo. E nesse momento, como nos outros, não sei o que fazer: menina que não consegue calcular a hora certa de ir embora. Medo do depois, quando fico assim, escutando esse acordeón e procurando o ponto final da história. Mas, antes que eu fique indecisa, você abre a janela bem rápido para que possamos rir em paz. You know, such a perfect day, I’m glad I spent it with you.
Em sua homenagem, tomei um chopp escuro no parque, li o livro emprestado, escutei o cd e engoli esas ausencias que llamamos recuerdos, y hay que remendar com palavras y con imágenes tanto hueco insaciable.
4 Comments:
Você anda muito inspirada e me emocionando muito.
lindo, lindo
Que coisa bonita essa, heim? Beijo e bom carnaval...
que bonitinho :-P
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