J'ai été amoreux de Paris et Paris a été amoreux de moi...
... quando desci do metrô sujo e não sabia para onde ir. Tout drrroit. E fui recebida com um sorriso claro, um abraço e um mapa. Quando as ruas cheias de gente me faziam anônima. Ao subir uma ladeira imensa, virar as costas e ver a torre Eiffel, como numa cena das Bicicletas de Belleville. Meu primeiro étonnement nesse pais estranho. Quando estiquei o braço para tirar foto com a lapide do Oscar Wilde... umas 20 vezes. Quando o sol abriu depois da chuva e cada passo ao longo do canal Saint Martin era um acorde do Wandula - e não do Yann Tiersen. Ao fazer uma promenade no Jardin das Tulleries e não no Bois de Boulogne, como faria o Maupassant. Quando Louvre se abriu de graça no fim da tarde e a Monalisa até sorriu para nos. E andar muito e sempre e ficar atordoada quando, no fim da tarde, a roda gigante se acendeu ao parfum de crèpe au chocolat. E de noite, sentar na ponte sobre o Sena, ver as luzes dos prédios e bater papo, calma e tranquilamente, como se estivesse em casa. Quando não me senti uma viajante sozinha, mesmo sendo uma viajante sozinha. E encontrar dezenas de lojas de affiches et, voilà, o cartaz do Moulin Rouge, finalmente. E ai esquecer da hora, do dia da semana, do Arco do Triunfo e para que lado ficava a rive gauche. Quando dei tres voltas na ilha porque nunca lembro que as placas francesas indicam o lado errado. E ver a Notre Dame quase fechando, com missa, coro, sinos e vitras coloridos. Ao subir muita escada e encontrar a Sacre Coeur numa noite cheia de brasileiros. E voltar caminhando sobre os paralelepipedos, rindo, feliz e sem pagar nada. Quando não conseguia sair da frente da torre Eiffel, iluminada e imponente. Porque so as cidades grandes e dificeis me importam. As que parecem tocar musicas no acordeon, ter gosto chocolate quente enquanto chove, macio e confortavel como uma amiga antiga. Como quem me apresentou o lugar. Respirando milhões de oportunidades. Porque so consigo viver de deslumbramentos.
4 Comments:
nao sei..tambem tenho essa coisa por cidade grande..parece que so aqui que a vida realmente acontece e, ao mesmo tempo, estou comecando a sentir falta de pessoas falando bom dia para o motorista de onibus.
Poxa, me escreva de vez enquando. Sinto sinceras saudades. Muitas. De verdade.
Petite, alimente olhos, ouvidos, narinas, alma. Ainda hoje me abasteço da magia que colhi por essas bandas. A emoção de ser surpreendida pelo olhar da torre Eiffel é como uma paixão à primeira vista.
lindooooooooo!!!!
adoro as suas descrições, menina!
beijo, beijo, beijo.
então é simples assim (a vida, claro): deslumbramentos são necessários, nunca supérfluos, né ritinha?
saudades. quero estar aí com você. acho que de um certa maneira eu já estou...
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