Sonho de uma aula de letras
Drummond: Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase!
Bandeira: Ah, mas eu vou-me embora prá Pasárgada! Lá tenho a mulher que quero, na cama que escolherei!
Drummond: É, amigo, mas isso é possível? No meio do caminho, sempre tem uma pedra, uma pedra no meio do caminho...
Bandeira: Ah, sabe o que eu queria? Queria a paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Drummond: Paixão... Mas são quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Bandeira: Ai, como dói viver quando falta a esperança...
Drummond: Devo seguir até o enjôo?
Bandeira: Não sei, só sei que o que não tenho e desejo é o que melhor me enriquece...
5 Comments:
Minha ação solidária:
Eu fecho o olho, iniciando o
Ato 1.
Vinícius (entra): De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento...
Drummond (sentado no baquinho da praça, com um livrinho roto de páginas amareladas nas mãos): amor...mas amor é privilégio de maduros estendidos na mais estreita cama...
Depois, os dois vão dar uma passada em Caxoeiro do Itapemirim pra conversar com o Seu Braga, que certamente vai falar dos braços de uma mulher que estava sentada ao lado dele em algum lugar, nesse caso, um avião, e depois vão todos ao bar encontrar o Chico que, tartamuteando, pede o terceiro copo de cachaça, mas não antes de - violão a postos - cantar..."deixa o dia raiar, que hoje eu sou da maneira que você me quer...".
Termino de piscar o olho. E voltamos a nossa programação normal.
Isso que dá ficar até tarde estudando...
A-do-rei! Ops, me amarrei! É para isso que vc anda acordando cedo? E deixando de ir ao Filial? Agora entendi! A aula é mais divertida!
é... dá mó barato, aí!
Putz, é por essas e outras que tantas vezes eu penso em fazer Letras...
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